Escritora Lourdes Limeira | Categoria Poesias | 1 comentario
Dizem que o amor é cego

Pra quem ama, tudo lhe é bonito
Pode ser igual macaco
Fedorento que nem gambá
Mas, quando se ama é Paco
É perfume internacional
E não se dá mais pitaco.
Veja como é o amor materno
O filho é feio que nem sapo
Mas, aos olhos da mãe, é príncipe
Diz-nos até que são a Gestapo
Se o chamarem de caolho
Aí, sim, a mãe fará aquele barraco.
Há homem que arrasta uma asa por uma mulher
Dá-lhe rosas, joias; faz-lhe a corte
Porém, se a peste o rejeita
Vira bicho; dá até coice
Ainda diz que é amor…!
Ó, infeliz das costas ôca!
O amor é mesmo cego!
O feio parece-lhe bonito
Vira…mexe…dezarreda!
No capricho, até periga
Mas, a mulher feia desconjuro; arrenego
Não há quem a faça linda por seu pejo.
Chova ou faça sol
Ao amante, é igual
A mulher tem que ser fiel
Não lhe dê um par de chifre no frontal
Pois se o fizer, está lascada
Ele vira um troço descomunal.
Coisa feia é a dona coruja
Porém, pra sua mãezinha, ela é bela
Dos animais da floresta, é-lhe a princesa
Tem gosto pra tudo nesse mundo; quero vê-la…
Mãe quando é mãe pinta o sete; arregaça
Ninguém, por isso, há de constrangê-la.
O Bicho pega!
Se ao filho, dizem-no que é feio
Logo as mães viram a mesa
Dá cachorro em dezoito; arrepio
Êta, cilibrina!
Quem não quiser apanhar, saia de fininho!
Amor? Eso no es amor.
me encanta tu trabajo amiga Lourdes.
Felicidades por el don, por el talento que tienes.
Abrazos
H.